São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995 |
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Casa própria terá R$ 717 mi do FGTS
SHIRLEY EMERICK
O interessado em conseguir o financiamento poderá comprar imóvel novo ou usado ou usar o dinheiro para construir a casa própria em lote próprio, além de concluir obras e reformas em imóvel próprio. Os empréstimos serão liberados para os trabalhadores que ganham até 12 salários mínimos (R$ 1.200) e estejam credenciados no FGTS. Neste programa, que deve começar a funcionar no final de agosto, não será exigido tempo mínimo de depósito do fundo. Assim, qualquer trabalhador com carteira assinada poderá se inscrever para a carta de crédito. Ela vai facilitar o acesso direto do mutuário ao empréstimo, retirando as construtoras da contratação. Conselho Na terça-feira o Conselho Curador do FGTS vai aprovar a resolução para o início do programa. Em 15 dias estará definida a regulamentação. As instituições que operam o FGTS -bancos estaduais, Caixa Econômica Federal e Cohabs- poderão se credenciar para operar o financiamento e começar a liberar os recursos ainda em agosto. O valor máximo de empréstimo para a compra da casa própria será de R$ 29 mil. Neste caso, o imóvel tem de ter um valor máximo de venda de R$ 36 mil. No caso da construção, melhorias ou conclusão do imóvel, o financiamento pode ser de até R$ 16 mil. Neste programa é possível também a construção de condomínios, sendo que os recursos serão liberados individualmente. O financiamento seguirá as mesmas regras do tradicional empréstimos para a construção da casa própria. O interessado não pode ter nenhum outro imóvel. Controle Com este programa, o governo quer também forçar o depósito do FGTS pelas empresas. Como o mutuário vai apresentar o número do seu cadastro junto ao fundo e este saldo será utilizado para o cálculo do financiamento, as empresas serão forçadas a manter estas contas em dia -mesmo porque estarão sendo ``controladas" diretamente pelos funcionários. Pela legislação, as empresas sujeitas à CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) são obrigadas a depositar até o dia 7 do mês seguinte ao do referência valor equivalente a 8% do salário de cada funcionário. No ano passado, cerca de R$ 3,5 bilhões foram sonegados pelas empresas, segundo dados do Conselho Curador do FGTS. Em junho, o Ministério do Trabalho lançou um programa de fiscalização e em seis meses a arrecadação aumentou R$ 900 milhões. Texto Anterior: Empresas de calçados pedem concordata Próximo Texto: Preços sobem 1,6% nos supermercados Índice |
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