São Paulo, sábado, 29 de julho de 1995 |
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Torcidas prometem surpresa no estádio da final paulista
ANDRÉ FONTENELLE
Palmeirenses e corintianos adotaram um discurso pacifista antes do jogo. ``Faz tempo que não se tem notícia de uma briga em clássico", diz Cláudio Romero, um dos líderes da Camisa 12. Romero afirma que sua torcida terá cerca de 600 pessoas em Ribeirão Preto. Além das 70 bandeiras que a Camisa 12 tem levado aos últimos jogos, 50 novas serão apresentadas nesta decisão. Ele também promete 30 mil balões de gás e 20 mil apitos, que serão distribuídos aos corintianos. A Mancha Verde, por sua vez, deve levar cerca de 13 mil palmeirenses, escoltados pelo Batalhão de Choque da Polícia MIlitar. ``A população de lá é supertranquila e a polícia impede que as torcidas se cruzem. Não tivemos problema o campeonato todo, não acredito que tenhamos agora", prevê Andréa Gervásio da Silva, 23, associada da Mancha Verde. A guerra, porém, já começou para saber por quem vai torcer a população de Ribeirão Preto. Andréa afirma que a cidade é, ``com certeza", um reduto palmeirense. ``Nunca ouvi falar disso", retruca o corintiano Romero. A presença maciça das torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras em Ribeirão Preto não assusta a Polícia Militar local, que manterá o mesmo esquema de segurança dos últimos jogos no estádio Santa Cruz. ``Não há o que mudar se está tudo funcionando corretamente", alega o major Salvador Pane, que comandará 543 policiais amanhã. Ele aposta que a cordialidade da população vai contagiar os torcedores da capital e evitar conflitos. ``No interior os torcedores de Palmeiras e Corinthians convivem juntos e são amigos. Já o torcedor da capital encara isso como uma guerra", compara Pane. ``Já fizemos contatos aqui com a Gaviões da Fiel e com a Mancha Verde. O relacionamento foi excelente", conta. Texto Anterior: Desistam da Libertadores Próximo Texto: Corinthians vende mais ingressos Índice |
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