São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Vôo cego; De improviso; Guerrilha; Batendo cabeça; Nepotismo; Seara alheia; Processador; Esqueçam o que escrevi; Assédio partidário; Por tabela

DE IMPROVISO

Vôo cego
Com as reformas tributária e administrativa quase prontas para serem enviadas ao Congresso, ministros da área econômica preocupam-se com a falta de coordenação política do governo. Ninguém negociou com os parlamentares.

Ao contrário do primeiro semestre, quando FHC pôde negociar pessoalmente todas as votações, as novas reformas são muito mais polêmicas, detalhadas e tramitarão ao mesmo tempo. Não há outros negociadores escolhidos.

Guerrilha
Para complicar mais a vida do governo no Congresso, haverá oposição interna em ao menos um item das reformas: a desvinculação das verbas orçamentárias. O Ministério da Educação já tem bancada para bombardear a idéia.

Batendo cabeça
Auxiliares próximos a FHC acham que a briga pública entre Jatene e a equipe econômica demonstra falta de articulação interna do governo e necessidade de ressuscitar as reuniões regulares de ministros de áreas afins.

Nepotismo
Diante da quantidade de irmãos de figurões do governo do PSDB nomeados para cargos federais, políticos já brincam que os livros sobre ornitologia terão que ser alterados para registrar o inusitado caráter familiar dos tucanos.

Seara alheia
Apesar de andarem em paz, já há no governo quem preveja uma trombada entre Serra e Serjão. Ministro das Comunicações, o último não vai aceitar que o BNDES, subordinado ao primeiro, comande a privatização das ``teles".

Processador
Na reta final da elaboração do projeto de reforma tributária, Nelson Jobim não larga seu computador notebook, que armazena os vários textos propostos. O ministro fará uma última análise jurídica para evitar tropeços no STF.

Esqueçam o que escrevi
As entidades que planejam o seminário conjunto com o governo para definir a política agrícola preparam uma surpresa para FHC. Todas as propostas serão baseadas no mesmo documento: o ``Mãos à Obra", seu programa de governo.

Assédio partidário
O grupo de Sarney fez chegar a FHC um misto de aviso e ameaça: se o PSDB continuar assediando peemedebistas como Britto para virarem tucanos, aumentará o risco de o PMDB romper com o governo na convenção de setembro.

Por tabela
A cúpula do PPR assiste preocupada o ensaio do governador Britto de ir para o PSDB. Deve levar com ele a maioria do PPR gaúcho, seu aliado no governo.

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