São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995
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Contrabando é comum no país

JOSÉ MASCHIO
DO ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

O mercado informal paraguaio se concentra em Assunção e, em maior escala, em Ciudad del Este (na fronteira com o Brasil). Juntas, as duas cidades representam mais de 65% da população do país.
Dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos apontam Ciudad del Este como a terceira maior cidade do mundo em movimento comercial em 1994, depois de Hong Kong e Miami.
Estima-se que o paraíso de compras dos brasileiros movimentou US$ 12 bilhões em 1994.
O economista paraguaio Raul Monte Domeq comparou dados de exportações dos EUA, Hong Kong e Mercosul para o Paraguai com as importações registradas pelo Banco Central Paraguaio e chegou a números alarmantes.
Segundo o analista, 59,2% das importações feitas dos EUA em 92 não foram registradas no país. Das importações feitas em 92 pelo Paraguai, de Hong Kong, apenas 14,1% foram pelas vias legais. Ou seja, 85,9% dessas importações (principalmente produtos eletrônicos e de informática) passaram ao largo do mercado oficial.
Só as importações feitas de países do Mercosul mostram um certo equilíbrio entre o legal e o contrabando -42,3% das importações de 92 não foram registradas.
Segundo Domeq, há preocupação com o Mercosul para que não piorem as relações de trabalho no país.

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