São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995 |
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21 vezes campeão
JUCA KFOURI Muito bem, já sei. E o Corinthians? O Corinthians que não levou lambada alguma nos últimos tempos, que ganhou brilhantemente a Copa do Brasil e que só estará às voltas com a Libertadores no ano que vem. E que, se der a lógica, está escrito, está escrito, ganha em Ribeirão Preto.Bem, o Corinthians está forte, muito forte. Ganhou força quase imbatível a partir do momento em que derrotou o Vasco, no Maracanã, pela Copa do Brasil. Depois goleou o time carioca no Pacaembu e venceu o Grêmio duas vezes. Cá e lá. Em Porto Alegre, diga-se, sem cair em nenhuma provocação num Olímpico lotado. Ou seja, o Corinthians mostrou a maturidade que faltou ao Palmeiras, que se descontrolou num estádio com apenas 12 mil torcedores. Essa maturidade é um dos aspectos que fazem a diferença deste Timão de hoje para o que perdeu três decisões para o Palmeiras em 1993 e 1994. Além da maturidade, a força. E, além disso, o talento de algumas peças que entraram no time nesta temporada. André Santos, Silvinho, Bernardo e, sobretudo, Célio Silva. Sem se dizer que o Corinthians de Eduardo Amorim -outra bela e tranquila diferença- está mais entrosado que o Palmeiras de Carlos Alberto Silva. Apesar de ainda meninos, André Santos e Silvinho resolveram um problema que há muitos anos desafiava a paciência alvinegra: as laterais (Leandro Silva, Elias, Paulo Roberto, Branco, lembra?). Bernardo está tão assimilado que a massa nem reclama de Ezequiel da Fiel estar no banco. E Célio Silva. Este parece um cacique. Índio experiente, calado, observador, só dá o bote para sair com a bola dominada e fez crescer o futebol do capitão Henrique. Célio Silva está para o time de hoje como o volante Moacir estava para o do Paulistão em 1993. Para felicidade alvinegra, os cartões amarelos foram zerados, pois o zagueiro tinha dois. Corintiano algum se esquece que tiraram Moacir do segundo jogo no ano em que o Verdão saiu da fila. Ronaldo é mais maduro hoje que ontem e, por sinal, nem tem mais o direito de qualquer imaturidade. Mas Zé Elias, Souza e Marques cresceram demais e Marcelinho passou pela sua prova de fogo diante do Grêmio. Ele desequilibra. Quanto a Viola, que melhor despedida por desejar? Trocando em miúdos, Corinthians campeão pela 21º vez, desempatando com o Palmeiras? Tudo indica que sim. Embora não seja demais lembrar que na decisão do Rio-São Paulo o Palmeiras estava esfacelado pela seleção brasileira e mesmo assim ganhou. Texto Anterior: Notas Próximo Texto: Sem violência, interior traz de volta a `torcida cordial' Índice |
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