São Paulo, segunda-feira, 31 de julho de 1995 |
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Polícia briga com jogadores corintianos e fere Zé Elias
MARCELO DAMATO; LUÍS EBLAK
O jogador foi levado para o Hospital Ribeirânia, onde foi constatada luxação no braço esquerdo. A previsão é de que o volante fique dez dias com o braço engessado, o que o afastaria do segundo jogo da decisão, no domingo. Segundo o médico do clube, Joaquim Grava, "Zé Elias tem 10% de chances" de atuar. O episódio foi um reflexo do nervosismo que tomou conta dos jogadores corintianos desde a expulsão do volante Bernardo e do palmeirense Alex Alves, no primeiro tempo. Zé Elias era um dos jogadores mais revoltados com o que considerou um “juiz mal-intencionado” (leia texto abaixo). O principal suspeito da agressão ao volante corintiano é o soldado Varjão, da 33ª Companhia da PM de Barretos, chamada para ajudar no policiamento do jogo. Segundo o comandante da PM no estádio, major Salvador Pane, o soldado Varjão também sofreu muitas agressões e foi levado, junto com mais cinco PMs, para a unidade de emergência do Hospital Clínicas, com escoriações. A briga começou quando os jogadores iam para o ônibus. Segundo testemunhos, quando estavam entrando no ônibus, um torcedor palmeirense teria xingado os jogadores corintianos. O volante reserva Ezequiel saiu em sua direção para agredi-lo, seguido de outros jogadores. Os policiais reprimiram os corintianos e feriram Zé Elias, que, chorando, foi primeiro para o ônibus e depois para o vestiário. "Tentei tirar o Ezequiel da confusão e um policial me bateu com um cassetete", disse Zé Elias. Na confusão, Marcelinho Souza, Souza e Ricardo Pinto teriam sido agredidos pelos PMs. Marcelinho ficou com hematomas nas costas. Descontrolado, o atacante Viola tentou agredir os policiais. Foi contido e levado à força para o ônibus pelo goleiro reserva Ricardo Pinto e por Ezequiel. Mais tarde, Zé Elias foi colocado em um Uno verde-escuro e levado para o hospital. Minutos depois, um torcedor do Corinthians, que teria sido baleado na perna, também foi hospitalizado. O vice-presidente de futebol, José Mansur Farah, registrou queixa no 1º DP de Ribeirão Preto. Ele vai processar Varjão pela agressão. Farah disse que o episódio não impedirá que o Corinthians dispute o jogo final em Ribeirão Preto. Ele negou também que o time tenha cogitado não disputar o segundo tempo da partida de ontem. “Os jogadores estavam revoltados. Fui até eles para tranquilizá-los”, afirmou. * Colaborou LUÍS EBLAK, da Folha Nordeste Texto Anterior: Brasil surpreende e ganha Mundial de Pólo; Piquet fica em segundo nas 24 Horas de Spa; Carl Lewis se contunde às vésperas do Mundial; Santa Cruz ganha bi em Pernambuco; Grêmio decide com o Internacional no RS; Coritiba ganha vaga para a final paranaense Próximo Texto: Torcedor 'cordial' domina o estádio da final Índice |
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