São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995
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Privatização deve dominar trabalhos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os projetos do governador Mário Covas (PSDB) voltados à privatização devem gerar as principais polêmicas na Assembléia Legislativa de São Paulo durante o segundo semestre.
A opinião é dos líderes de bancadas no legislativo paulista, que retoma suas atividades hoje, depois de 30 dias de recesso.
Durante o segundo semestre, o governador deve apresentar propostas que prevêem a venda de ações do Banespa e de subsidiárias das empresas de energia elétrica (Cesp, CPFL e Eletropaulo).
``O principal tema neste segundo semestre será a rediscussão do papel do Estado", diz, por exemplo, o líder do governo na Assembléia, deputado Walter Feldman (PSDB).
O líder do PMDB -um dos partidos que fazem oposição ao governo-, Milton Monti, concorda com Feldman.
Para o peemedebista, antes de encaminhar os projetos, o governador tem de esclarecer as propostas diante da opinião pública.
``Esses projetos envolvem quantias altas e representam setores de grande interesse social", afirma Monti.
Segundo ele, a polêmica gerada pode, inclusive, diminuir o número de deputados da bancada de apoio a Covas.
Durante o primeiro semestre, Covas contou com o apoio de 57 deputados.
A oposição reunia 37 deputados, do PMDB, PT e PC do B.
O líder do PT, deputado Rui Falcão, diz que os projetos que prevêem algum tipo de privatização devem ter ``tramitação normal", sem pedidos de urgência, para que possam ser bem debatidos.
Ele diz que a prioridade do PT na Assembléia serão as discussões de projetos dos parlamentares que envolvam a economia do Estado, como geração de emprego e política fiscal.

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