São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Austrália libera "pílula de maconha"

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Ministério da Saúde australiano autorizou médicos a prescreverem pílulas à base de "maconha sintética para pacientes com Aids em estado avançado e pacientes com câncer, que são submetidos a quimioterapia e que têm enjôos como efeito colateral.
As pílulas contêm dronabinol, substância sintética análoga ao tetraidrocanabinol (THC), o princípio ativo da maconha (Cannabis sativa).
O ministério, que se baseia em resultados clínicos, alega que o dronabinol aumenta o apetite dos pacientes com Aids, o que já foi comprovado na maconha.
Entidades ligadas à Aids dizem, entretanto, que a maconha é mais eficiente que o dronabinol, pelo menos no que diz respeito às náuseas.
Segundo o ministério, não se trata de uma forma de legalizar indiretamente a droga, já que o "princípio ativo é artificial.
Especialistas estimam que o tratamento regular terá um custo de cerca de US$ 180 mensais.
O novo remédio provoca uma sensação de relaxamento temporária, como a droga.

Câncer
Um outro tratamento, desenvolvido pelo Centro Médico Albert-Ludwigs (Alemanha), pode ser mais uma esperança para pacientes com câncer, que não só têm fortes enjôos, mas também parte de suas células sanguíneas destruídas pela quimioterapia.
A nova técnica, descrita ontem na revista médica "New England Journal of Medicine, baseia-se na extração de pequena quantidade de células do sangue.
O extrato de células é colocado em um meio de cultura, onde as células se multiplicam. Elas são depois são reinjetadas no paciente.
As células, que se dirigem até a medula óssea (local de produção do sangue), acabam funcionando como células-mãe, repondo as que foram perdidas.

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