São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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Calor bate recorde e poluição piora em SP

ROGERIO WASSERMANN
DA REPORTAGEM LOCAL

A poluição atmosférica piorou na região metropolitana de São no dia de ontem, quando a cidade registrou a temperatura mais alta do inverno neste ano: 28,1°C.
A Cetesb aposta na chegada de uma frente fria, prevista para hoje, para melhorar a situação. Ontem, três estações de medição de poluição registraram má qualidade do ar -duas delas (São Bernardo do Campo e Santo André) na Grande São Paulo.
A estação localizada no bairro industrial de Vila Parisi, em Cubatão (litoral sul de SP), foi a terceira a registrar má qualidade do ar, levando a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) a decretar estado de pré-alerta na região (leia texto ao lado).
Segundo a Cetesb, as condições desfavoráveis para a dispersão de poluentes (falta de chuvas e ventos) estão causando o aumento da poluição atmosférica.
Outras nove estações (cinco na cidade e quatro na Grande São Paulo) tiveram qualidade do ar considerada inadequada. Anteontem, doze estações registraram qualidade inadequada do ar e nenhuma foi considerada má.
A Cetesb possui 22 estações de medição espalhadas pela região metropolitana de São Paulo (13 na cidade e nove na Grande São Paulo) e três em Cubatão.
As estações, instaladas há quase 16 anos, medem a concentração de cinco tipos diferentes de poluentes (monóxido de carbono, poeira inalável, ozônio, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio).
A região do ABC (Grande São Paulo) voltou a ser a mais atingida pela poluição. Assim como na quarta-feira, as principais cidades da região (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema) tiveram qualidade do ar considerada inadequada ou má.
Problemas de saúde
A alta concentração de poluentes no ar pode provocar irritação nos olhos e nas vias respiratórias e dor de cabeça. Pessoas que sofrem de asma, bronquite ou rinite alérgica podem também ter os sintomas agravados.
Segundo o médico pneumologista Clystenes Odyr Soares Silva, 43, professor da Escola Paulista de Medicina, o número de internações hospitalares para o atendimento de pacientes dessas doenças cresce de 35% a 40% nesta época do ano, devido à poluição.

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