São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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Polícia apreende oito fuzis e 200 kg de cocaína e maconha

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia apreendeu anteontem, às 18h30, oito fuzis Ruger, 81,4 kg de cocaína e 123 kg de maconha em Hortolândia (110 km a noroeste de SP).
Foi a maior apreensão de fuzis feita pela polícia paulista em 95 e a segunda maior de cocaína no Estado. O agricultor Laerte Aparecido Castelan, 29, e o motorista Senir da Silva, 35, foram presos em flagrante.
Os dois foram acusados de tráfico de drogas e de armas e levados para São Paulo. Os acusados não deram entrevista e não quiseram depor no Denarc (Departamento de Narcóticos da Polícia Civil).
Segundo a polícia, 30 kg de cocaína ficariam em Hortolândia e seriam distribuídos na região de Campinas pelos traficantes.
A droga, avaliada em US$ 470 mil, havia sido comprada na Bolívia, e as armas (cada fuzil Ruger custa até US$ 8.000), no Paraguai.
Silva teria pego o carregamento em Cáceres (MS) e o colocado no fundo falso de um caminhão Mercedes-Benz carregado de madeira.
O motorista levou, segundo a polícia, o caminhão até o sítio de Castelan, em Hortolândia, e descarregou 30 kg de cocaína.
Segundo o delegado Elson Alexandre Sayão, 40, da 4ª Delegacia do Denarc, após a descarga, um funcionário de Castelan foi à cidade São Paulo comprar hortaliças para colocá-las no caminhão.
Esse disfarce seria usado para levar o resto da droga e as armas para traficantes do bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro. No meio da operação, o Denarc recebeu uma denúncia anônima por telefone sobre o carregamento.
Os policiais foram ao sítio e prenderam os dois acusados. Uma equipe de investigadores voltou a São Paulo para tentar prender o funcionário de Castelan que havia ido comprar as hortaliças.
``Sabemos apenas que seu nome é Vargas e que ele estava usando um Monza preto", afirmou o delegado. O funcionário do agricultor não foi encontrado pelo Denarc.
Além dos fuzis, os policiais também apreenderam no sítio três espingardas calibre 12, uma espingarda calibre 20, duas carabinas calibre 38, um revólver, munição e três telefones celulares.
Exames de laboratório constataram que a maconha havia sido curtida em conhaque pelos traficantes a fim de pegar o gosto da bebida.

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