São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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Empresa diz que informou Receita sobre armamentos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil) informou ontem que a inspetoria de alfândega da Receita Federal no aeroporto de Cumbica foi comunicada em outubro do ano passado sobre um lote de 25 armas que teria sido devolvido após uma exportação não-concretizada para a Itália.
Essas armas fazem parte do lote descoberto pela Receita Federal no último fim-de-semana em um depósito do aeroporto.
O lote, com cerca de 70 armas, foi recolhido pelo Exército na última terça-feira e levado para um quartel em São Paulo. A Imbel é uma empresa vinculada ao Ministério do Exército.
A Receita Federal e a Procuradoria Geral da República estão investigando a legalidade na exportação ou importação das armas.
Segundo a nota, a exportação de 25 fuzis não se concretizou após testes realizados na Itália.
A empresa afirma que as armas chegaram de volta ao Brasil em 13 de setembro do ano passado, com problemas de documentação.
Como os custos para regularizar a situação seriam elevados, a Imbel optou então por cancelar as medidas para liberação das armas.
``Com isso, elas seriam mandadas para o armazém de perdimento e entregues ao Ministério do Exército", afirma a nota.
O armazém de perdimento é o local onde ficam as mercadorias com problemas fiscais ou que foram abandonadas no aeroporto.
Segundo a Imbel, a 2ª Região Militar, que faz parte do Comando Militar do Sudeste (com sede em São Paulo), informou em expediente de outubro do ano passado que a Imbel estava autorizada a importar as armas.
A nota da Imbel é assinada por Alfredo Maurício da Araújo, diretor-comercial da empresa.
Procurado por telefone, o inspetor de alfândega de Cumbica, Flávio Del Comuni, não deu retorno até as 22h30.
Aramis da Graça Pereira, que ocupava o cargo até o mês passado, quando foi substituído por Comuni, também não foi localizado.

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