São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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Preso morre queimado durante rebelião

DA REPORTAGEM LOCAL; DO NP; DA FT; DA AGÊNCIA FOLHA

Nove detentos ficaram feridos ontem após colocar fogo em colchões em DP na Vila Carrão (zona leste de SP)
Um preso morreu queimado e nove ficaram feridos ontem durante uma rebelião dos 120 detentos do 31º Distrito Policial, na Vila Carrão (zona leste).
Os presos arrebentaram, às 18h, os cadeados das celas, colocaram fogo em colchões e em papéis e foram para o pátio interno da cadeia. O incêndio ficou descontrolado e começou a atingir os presos.
A cadeia foi cercada por policiais civis do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e do GOE (Grupo de Operações Especiais). Cinco carros dos bombeiros foram ao 31º DP e controlaram o fogo às 20h30.
Os feridos foram levados para os hospitais do Tatuapé e da Vila Carrão. Até as 23h de ontem, apenas um deles permanecia internado em estado grave com queimaduras e intoxicado pela fumaça.
O preso morto, segundo o Centro de Operação da Polícia Civil, não havia sido identificado. A polícia também não sabia quais eram as reivindicações dos detentos.
Após a rebelião ser controlada, os presos permaneceram no pátio interno da delegacia, pois todas as celas haviam sido destruídas.

Franco da Rocha
Os 1.200 presos da Penitenciária de Franco da Rocha (Grande São Paulo) estariam tomando conta do presídio desde a anteontem de manhã, quando um deles esfaqueou o diretor de disciplina, Júlio Santaniello, que tentava apartar uma briga entre detentos.
Os agentes penitenciários se recusam a entrar no presídio, afirmando que os detentos estariam com cerca de 3.000 estiletes. Depois da briga, 380 agentes se recusaram a trabalhar.

Bauru
Os 500 presos da Penitenciária 2 de Bauru (345 km a noroeste de São Paulo) iniciaram ontem, às 21h, uma rebelião e fizeram refém um agente penitenciário.
A PM cercou a penitenciária. O chefe do 4º Batalhão da PM, coronel Valdemar Alves de Almeida Júnior, tentava fazer um contato ontem com os líderes da rebelião.
A PM afirmou que os presos haviam tomado várias alas da penitenciária e alguns detentos tinham chegado até o telhado, mas não existiam sinais de violência.

* Colaboraram o NP, a FT e a Agência Folha

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