São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995
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Negociação deve ser prorrogada

LUCAS FIGUEIREDO
DO ENVIADO ESPECIAL

O governo brasileiro ainda não conseguiu que seus parceiros do Mercosul aceitem todas as reivindicações de mudanças nas alíquotas de II (Imposto de Importação) para países não-membros.
``As negociações irão continuar por pelo menos mais uma semana", disse ontem o secretário de Acompanhamento Econômico, José Milton Dallari.
A Folha apurou que algumas modificações estão acertadas. Os produtos à base de leite deverão sofrer um aumento de alíquota II.
O Brasil vinha cobrando menos impostos dos produtos lácteos que vinham de países de fora do Mercosul para abastecer o mercado interno. Mas, para governo, o mercado está abastecido e não há mais necessidade de facilitar as importações destes produtos.
O feijão deverá sair da lista de exceções à TEC (Tarifa Externa Comum) -que estipula tarifas iguais produtos importados de fora do Mercosul. Com isso, o país passará a cobrar o mesmo imposto que seus parceiros para o feijão de origem diferente do Mercosul.
Argentina, Uruguai e Paraguai aceitaram que o Brasil aumente a alíquota de II do trigo. A definição sobre a porcentagem do aumento deve sair durante negociação entre os ministérios da Fazenda e Agricultura. A Fazenda quer eleva de 2% para 10% o imposto.
Dallari havia antecipado ontem à Folha que 13 produtos têxteis terão suas alíquotas de II aumentadas para 70%. O objetivo da medida é diminuir a entrada de tecidos chineses, que vem afetando a indústria nacional.

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