São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995
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PARAGUAIAS

Um pequeno incêndio foi controlado anteontem à tarde em uma loja comercial situada na rua Presidente Franco, em Assunção. Os bombeiros não sabem se a causa foi o calor emanado da tensa negociação que acontecia a menos de 30 metros dali, no Ministério das Relações Exteriores, entre os países-membros do Mercosul.

Ao comentar o desejo da Bolívia de manter relações simultâneas com o Mercosul e o Pacto Andino, o presidente boliviano, Gonzalo Sánchez de Lozada, saiu-se com esta pérola: ``És como Doña Flor y sus dos maridos", referindo-se ao livro de Jorge Amado, onde a personagem convive, ao mesmo tempo, com o segundo marido e o fantasma do primeiro.

A telefonista do Hotel Excelsior, em Assunção, informa: ligações telefônicas diretas para o Brasil são rapidíssimas, mas chamadas a cobrar são demoradas e às vezes não se completam ``por causa da Embratel".

Os cerca de 40 jornalistas que passaram ontem pelo Ministério das Relações Exteriores para acompanhar as negociações que duraram das 9h às 23h15 tiveram que se contentar com acomodações modestas: duas cadeiras, um bebedouro sem copos descartáveis e nenhum cinzeiro.

O Paraguai saiu na frente e já adotou o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), com alíquota de 10%. No Brasil, o IVA -que seria a fusão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)- ainda é somente uma proposta que corre nos gabinetes em Brasília.

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