São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995 |
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Clubes da esquina
DALMO MAGNO DEFENSOR
Como minha turma do ginásio, nessa época, estava mais para Yes e Jethro Tull, o "Clube" passou batido. Nossa identificação com os mineiros se limitava à amizade, aos nomes e, de certa forma, à musicalidade. O Marcio torrava a mesada em lojas de discos; na família do Fernando, todos tinham nomes de músicos e, no harmonioso time de futebol, um legítimo Beto Guedes solava no comando do ataque. Analogia capenga: falta homônimo ao Carlos, único que tocava violão. Milton esteve com Wagner Tiso (outro do "Clube") no "Ensaio", da Cultura. Interpretaram sucessos e contaram muitas histórias, boa parte envolvendo os "sócios". Milton esclareceu a origem de seu apelido: em criança, ele fazia um "beiço" tão grande quando contrariado, que sua mãe o chamava de "botocudo" -e desse termo resultou o "Bituca". Ao LP "Clube", seguiram-se outros clássicos: dois "Milagre dos Peixes", "Minas", "Geraes" e "Clube 2". Eram itens obrigatórios nas discotecas engajadas dos anos 70, embora não fosse típica dos mineiros a crônica da angústia sociopolítica. Nem por isso seu papel era secundário: talvez por afinidade topográfica, eles sonorizavam o montanhoso capítulo das paixões. Texto Anterior: 'Sílvio: onde está o mistério da novela?'; 'Pannunzio e Bial são os melhores'; 'Rede Globo mutila séries americanas'; 'Quero filmes para mulheres e gays' Próximo Texto: Novo desenho do Multishow ironiza psicanálise Índice |
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