São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
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Atitude médica varia com cultura

DA REDAÇÃO

A inclinação dos médicos no sentido de prolongar a vida de seus pacientes em estado terminal depende de sua cultura, segundo pesquisa publicada no último número da revista médica "Lancet".
O estudo envolveu a Universidade da Califórnia (EUA) e de Tóquio (Japão).
Na pesquisa, 77 médicos japoneses nascidos no EUA e 136 japoneses tiveram que dar soluções para um paciente hipotético de 65 anos, que sofria de câncer no estômago e tinha como expectativa de vida apenas um mês.
Os resultados mostraram que 36% dos médicos japoneses ignorariam os pedidos do paciente para interromper os tratamentos que poderiam prolongar sua vida.
Apenas 6,5% dos "nipo-americanos" fariam o mesmo.
A pesquisa também apontou que os médicos japoneses escolheriam algumas formas de tratamento, como transfusões de sangue e drogas, para aumentar a pressão arterial, mesmo que o paciente conhecesse o prognóstico médico.
Poucos nipo-americanos tomariam essa atitude, ainda que o paciente não conhecesse o diagnóstico médico.

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