São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995 |
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Tráfego aumenta 11,3% em dezembro
ANTONIO ROCHA FILHO
A conclusão faz parte de um estudo elaborado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), com base em uma medição feita em 17 corredores de trânsito de São Paulo. Os veículos são contados por laços detectores (sensores magnéticos embutidos no pavimento), ligados ao sistema Semco -semáforos controlados por computador (leia abaixo). Segundo o engenheiro Celso Buendia, 36, coordenador de operações da CET, o trabalho tem como objetivo traçar a ``curva do trânsito" em São Paulo no decorrer do ano (veja gráfico). Buendia afirma que, com a contagem, a CET pretende acompanhar a evolução dos números do trânsito paulistano para conseguir apresentar as melhores soluções para os problemas. ``Serve, por exemplo, para sugerirmos melhores alternativas de horários aos motoristas", diz Buendia. Para efeito de comparação, foi tomado como base o volume médio diário anual (VDMA) de 93 -número médio de veículos que circulam diariamente pelas vias no ano. O número foi igualado a 100. Os dados da CET constatam quantitativamente, por exemplo, o que os motoristas passam nos meses tidos como mais tranquilos para o trânsito, como janeiro e julho, devido às férias escolares. Em janeiro, há uma redução de 6,4% no número de veículos nas ruas em relação à base 100. Em seguida vem julho (redução de 4,4%), junho (queda de 1,9%) e fevereiro (diminuição de 1,7%). Nos demais meses do ano, há acréscimo no número de veículos em relação à media. Dezembro é o pior, com aumento de 5,6% sobre a base 100. Em seguida vem setembro, outubro e novembro (todos com aumento de 2%). Em agosto, embora os motoristas sofram com o acréscimo no número de carros devido à volta às aulas, o aumento em relação à média é de 0,8%. Comparada a dezembro -o pior mês do ano-, a variação vai a -11,3% em janeiro, -9,5% em julho, -7,1% em junho e -6,9% em fevereiro. A comparação de um mês de 94 em relação ao mesmo mês de 93 mostra variações acentuadas a partir de agosto. Segundo Celso Buendia, as variações podem ser atribuídas ao Plano Real. ``Além de aumentar o número de veículos novos nas ruas, a estabilidade no preço dos combustíveis e a possibilidade de pagamento com cheques pré-datados trouxeram às ruas carros mais velhos, que estavam parados porque o motorista não tinha dinheiro." Segundo o estudo, os meses deste ano que apresentaram maior variação em relação a 93 foram outubro (+9,4%), setembro (+8,2%) e agosto (+4,1%). Texto Anterior: Dia mais frio do ano provoca morte em SP Próximo Texto: Frota de SP é de 4,5 milhões Índice |
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