São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
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Medida gera atrito entre Estado e prefeitura

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando assumiu a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em janeiro, Fábio Feldmann anunciou que o governo fecharia o centro de São Paulo à circulação de automóveis ou adotaria o rodízio.
A Prefeitura de São Paulo nunca gostou da idéia. O prefeito Paulo Maluf se reuniu com Feldmann diversas vezes. Mas ele sempre defendeu a tese segundo a qual, em vez de proibir a circulação, o ideal é reduzir o nível de emissão dos veículos.
Os técnicos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e os técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) começaram a elaborar um plano para restringir o acesso dos carros ao centro.
Por falta de acordo político entre Estado e prefeitura, Feldmann acabou anunciando um rodízio voluntário.
Sem o apoio da CET, fica difícil para os fiscais da Cetesb controlar o rodízio.
É por essa razão que, hoje à tarde, Feldmann deve anunciar que não haverá multa para quem ``furar" a restrição.
Não há outra alternativa para o governo estadual. Ameaçar os motoristas com multas e não conseguir fazê-lo desmoralizaria o rodízio, que Feldmann quer implementar de forma compulsória no ano que vem.
O programa de controle de emissão de poluentes dos veículos é mais um dado no cenário de disputa entre Estado e prefeitura. O programa consiste em uma vistoria anual para checar o nível de emissão dos veículos, como acontece nos EUA e na Europa.
A Cetesb quer implementar a medida na Grande São Paulo. Mas a capital paulista saiu na frente e está fazendo uma concorrência em separado das demais cidades.

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