São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
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Maternidades registram 600 abortos por mês

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

As seis maternidades públicas de Maceió (AL) registraram 3.600 curetagens (raspagens do útero) no primeiro semestre deste ano -cerca de 600 por mês- em mulheres de 14 a 21 anos.
A conclusão é resultado de análise das AIHs (autorizações de internação hospitalar), do Ministério da Saúde.
O levantamento, da Secretaria da Saúde de Maceió, diz que as adolescentes chegam aos hospitais já com o processo de aborto deflagrado pela utilização de remédios ou por perfuração do útero.
A prática do aborto só é legal no Brasil em casos de estupro ou quando a gravidez coloca em risco a vida da mãe. A secretária da Saúde Kátia Born disse que as maternidades não podem negar atendimento médico às gestantes que provocaram o aborto.
Sem a curetagem feita pelos médicos, diz ela, as mulheres podem morrer por terem forçado o aborto. Born anunciou para este mês um programa educacional que vai percorrer a periferia.
O objetivo é esclarecer sobre as formas de evitar gravidez indesejada e mostrar o risco que se corre ao forçar um aborto.

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