São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995
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Alvinegro conquistou o título com méritos

PELÉ
ESPECIAL PARA A FOLHA

O Corinthians mereceu o título. Aliás, 1995 parece ser alvinegro. Não sendo do Santos, tudo bem que fique com o irmão do Parque São Jorge. Vamos disputar o Brasileiro e, aí, quem sabe.
Mas até aqui só deu Corinthians. Da Taça São Paulo de juniores até este Paulistão, passando pela vitória da Gaviões da Fiel -como é bom ver uma torcida fazendo carnaval, não violência- e pela Copa do Brasil.
O Corinthians amadureceu, entende? É o que eu digo em relação ao Santos, sobre a necessidade de um trabalho de base, que só aparece com o tempo.
Veja quantos jogadores o Corinthians revelou: Ronaldo, André Santos, Silvinho, Zé Elias, Marcelinho Souza, Marques e Viola. Sete, sendo seis titulares! Até o técnico, o Eduardo, aprendeu lá.
Isso faz diferença.
Então, depois de perder três decisões seguidas para o Palmeiras e aproveitando um momento de reestruturação da equipe, o Corinthians foi lá e beliscou.
É claro que eu preferia ver o Santos campeão, mas acho que sua campanha foi boa neste semestre. Brigou no Paulistão e só perdeu nos pênaltis, para o São Paulo, a Copa dos Campeões Mundiais. E revelou o Giovanni, além de ter mostrado um goleirinho cada vez melhor, um tal de Edinho.
Acho importante destacar a Portuguesa. Não fosse o regulamento, a Lusa teria sido campeã, uma coisa boa para o futebol, que precisa de novidades.
Mas não há dúvida de que o Corinthians foi brilhante. Afinal, disputar e vencer dois campeonatos simultâneos é tarefa para quem tem sangue alvinegro.

Edson Arantes do Nascimento, 54, ministro dos Esportes, foi 11 vezes campeão paulista

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