São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995 |
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Corinthians é dominado, mas reage na prorrogação
MARCELO DAMATO
Por ela, o preparador físico Toninho de Oliveira foi cumprimentado por diretores do clube. Após ser dominado durante quase todo o tempo regulamentar, o Corinthians foi melhor na prorrogação e conquistou o título com elogios dos palmeirenses. ``Eles mereceram o título", afirmou o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Seraphim Del Grande. Se, antes do jogo, aparecia o domínio corintiano das arquibancadas, assim que ele começou, o Palmeiras mostrou estar mais perto do título. Aos 30s, Muller já cabeceava contra o gol de Ronaldo. Os jogadores do Corinthians mostravam nervosismo. Aos 10min, Viola -jogada violenta- e Marcelinho -catimba- já haviam recebido cartões amarelos. O time não conseguia nem atacar. A bola só ia para o campo do Palmeiras nos chutões da defesa. O Palmeiras, principalmente com Muller, levava vantagem sempre que a jogada era rasteira e armada das laterais. Ajudava os palmeirenses a marcação corintiana, com André Santos avançado e sem cobertura. Mas o Palmeiras tinha alguns jogadores apáticos. O lateral-esquerdo Roberto Carlos não apoiava e o zagueiro Antônio Carlos falhou várias vezes a partir da metade do primeiro tempo. Depois do intervalo, o Palmeiras voltou melhor. Os meias Edílson e Rivaldo trocaram de lado e Nílson substituiu Alex Alves, passando Muller para a direita. Em 10 minutos, os palmeirenses desperdiçaram três chances. Aos 11min, Nílson entrou por trás da defesa rival e marcou. O gol mexeu com o Corinthians, que reagiu e empatou aos 14min -cobrança de falta de Marcelinho. Em seguida, o Palmeiras voltou a dominar, mas de novo falhou nas finalizações. Antes da prorrogação, os corintianos fizeram uma corrente dentro de campo e voltaram melhor. O Palmeiras, ao contrário, pareceu ter perdido a vontade de vencer. Nesses 30 minutos, o Corinthians atacou mais e soube conter os palmeirenses. Estes só levaram ameaça no final do primeiro tempo e em um lance do segundo, quando Silvinho salvou o gol em cima da linha. O Palmeiras já mostrava desespero quando Elivélton, após receber passe de Tupãzinho, fez o gol do título. No fim do jogo, Elivélton superou a gagueira e pontificou: ``Quero jogar cada vez melhor e falar cada vez melhor". Texto Anterior: Ribeirão Preto e Branco Próximo Texto: Remi Harrel fica sem a bola Índice |
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