São Paulo, segunda-feira, 7 de agosto de 1995 |
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Soul Asylum repete fórmula em novo CD e põe fim ao conflito de gerações
EDSON FRANCO
O CD (sétimo da banda) chega agora ao mercado brasileiro e repete a fórmula de seu antecessor, ``Grave Dancers Union". Essa postura da banda se justifica. Criado em 1986, o grupo viveu oito anos na mais completa obscuridade. Foi um período difícil, gravando para selos independentes e se apresentando no circuito estudantil. ``Grave Dancers Union" levou-os ao estrelato e à sedimentação de um estilo que mistura baladas folk, country-rock e distorção suficiente para caber no rótulo de ``banda alternativa". Pouco agressivo, o som da banda ameniza o conflito de gerações. Portanto, não se surpreenda caso flagre seus pais assobiando as melodias fáceis e bem-resolvidas que a banda cria. Elas permeiam todo o trabalho. O melhor exemplo é ``To My Own Devices". A melodia é tão singela que, apesar de inédita, tem jeito de velha conhecida. E é justamente em músicas como essa, ``Misery" e ``Just Like Anyone" que o Soul Asylum exibe o que tem de melhor: a coragem de ser simples. Aqueles que não abrem mão de um pouco mais de peso vão encontrar refúgio na pujante ``Tell Me When" que, mesmo sob um oceano de guitarras, preserva um refrão pegajoso. As demais faixas estão fadadas a repetir o sucesso de ``Runaway Train" e ``Somebody To Shove Me", do CD anterior. Ou seja, são músicas que vão proporcionar muitos clipes com o vocalista David Pirner fazendo cara de tristinho e vão ajudar o CD vender às pencas. Texto Anterior: Run-DMC e Racionais MC'S se apresentam quarta em São Paulo Próximo Texto: VAN DAMME BRAZUCA Índice |
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