São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995![]() |
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'Medida não ataca a raiz do problema'
DA REPORTAGEM LOCAL O rodízio de veículos começou a ser questionado por advogados e entidades ligadas à área dos transportes antes mesmo de seu anúncio oficial.Para o presidente da Comissão do Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil, Fernando Pinheiro Pedro, o rodízio não é legal porque, ``segundo a lei, a restrição à circulação de carros é prevista apenas em caso de emergência, não em caráter preventivo." Ayrton Camargo e Silva, 31, secretário executivo da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos), considera que o rodízio ``não ataca a raiz do problema". ``A única solução efetiva é o investimento em transporte público não-poluente, para as pessoas poderem optar por não utilizar seus carros", afirmou. A ANTP é uma entidade privada que reúne técnicos em transporte. A população em geral se mostra disposta a respeitar o rodízio. Uma pesquisa do Datafolha em abril mostrou que 60% da população apoiava o rodízio. ``Mesmo sem haver punição, acho que as pessoas vão respeitar o rodízio. Eu uso o carro para trabalhar, mas vou evitar vir ao centro de carro", disse o corretor de imóveis Japhet José Militão, 65. Para a tecnóloga Rita de Cássia Molon, 28, o rodízio funciona, ``desde que haja condução suficiente para todo mundo". Texto Anterior: Rodízio de carros em SP abrange área metropolitana Próximo Texto: USP promove debate sobre discriminação Índice |
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