São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995
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Zôo vira referência em reprodução

VALMIR DENARDIN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOROCABA

O zoológico municipal Quinzinho de Barros, de Sorocaba (87 km a oeste de São Paulo), se transformou em um dos principais centros brasileiros de reprodução de animais ameaçados de extinção.
Em cinco anos, o zôo conseguiu a procriação de sete espécies de mamíferos e aves da fauna brasileira sob risco de desaparecimento: lobo-guará, ararajuba, mico-leão-de-cara-dourada, veado-campeiro, macaco-aranha-de-testa-branca, macaco-barrigudo e tamanduá-bandeira.
Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), há no país 207 espécies ameaçadas de extinção. A principal causa é o avanço de cidades e áreas de agricultura sobre as regiões de mata.
O Ibama não possui um ranking dos zoológicos do país que mais conseguiram reproduzir animais em extinção.
``Mas o zôo de Sorocaba é um dos mais bem sucedidos nesta área, principalmente porque conseguiu a procriação de um grande número de espécies", diz a chefe do Departamento de Vida Silvestre do Ibama, Iolita Bampi, 35.
O Quinzinho de Barros foi o primeiro zoológico do país a reproduzir o lobo-guará e a ararajuba em cativeiro.
Esses dois trabalhos alcançaram repercussão internacional. O nascimento de um filhote de ararajuba, em março, mereceu um artigo na revista inglesa ``New Scientist", uma das principais publicações científicas do mundo.
Em fevereiro, uma equipe da rede de TV inglesa BBC visitou Sorocaba para registrar o trabalho de reprodução do lobo-guará.
Para o veterinário Adauto Veloso Nunes, 40, diretor do zoológico, o sucesso na procriação de animais em cativeiro depende de diversos fatores. ``Você precisa achar o casal certo, colocá-lo no ambiente certo, oferecer uma alimentação correta e fazer um bom controle de doenças", diz Nunes.

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