São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995
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Argentina fecha 1º semestre com superávit

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

A Argentina fechou sua balança comercial (exportações menos importações) do primeiro semestre deste ano com superávit de US$ 883 milhões. No mesmo período de 94, foi registrado déficit de US$ 2,9 bilhões.
As exportações somaram US$ 10,5 bilhões -aumento de 44% em relação ao semestre anterior. As importações caíram 5% e computaram US$ 9,7 bilhões.
Em junho, houve superávit de US$ 605 milhões. Foi o terceiro mês consecutivo de saldo positivo na balança comercial do país.
Em maio, as contas fecharam com superávit de US$ 544 milhões e, em abril, de US$ 396 milhões.
Seguindo a tendência do fim de 94 -que registrou déficit total de US$ 5,8 bilhões-, os três primeiros meses de 95 tiveram números negativos, mas cada vez menores.
Em janeiro, o déficit foi de US$ 382 milhões. Em fevereiro, de US$ 239 milhões e em março, de US$ 41 milhões.
O superávit registrado no primeiro semestre foi decorrente do aumento progressivo das exportações e da queda acentuada das importações a partir de abril.
Segundo Nora Balzarotti, economista da Fiel (Fundação de Investigação Econômica Latino-Americana), a tendência para o segundo semestre é de crescimento mais lento das exportações. O ano de 95 deve terminar com equilíbrio na balança ou leve superávit.
O superávit comercial argentino também foi resultado do incremento do comércio com os países do Mercosul. Durante os primeiros cinco meses de 95, a Argentina registrou superávit de US$ 1,06 bilhão nas negociações comerciais com Brasil, Paraguai e Uruguai.
Ontem, integrantes do governo argentino e representantes do FMI (Fundo Monetário Internacional) começaram uma série de reuniões para renegociar as metas fiscais para o segundo semestre de 1995.
Na Província de Córdoba, os sindicatos de trabalhadores decidiram marcar uma paralisação para esta quinta. O objetivo é protestar contra o arrocho salarial.

Com agências internacionais

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