São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995
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Graf demite pai para não perder patrocínio

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A tenista alemã Steffi Graf, número um do ranking mundial, demitiu seu pai, Peter Graf, da administração de sua carreira.
Peter, um ex-vendedor de carros usados, está preso desde a última quarta-feira por evasão de rendas.
Como representante da filha, teria montado uma rede de empresas fantasmas dentro e fora da Alemanha para burlar o fisco alemão.
Graf já havia anunciado que nunca participou diretamente dos negócios da família. Mas, para a polícia alemã, Graf é ``suspeita".
A demissão em família foi provocada, principalmente, por pressão de patrocinadores.
O maior deles, a Opel (braço europeu da fabricante norte-americana de automóveis General Motors), que tem contrato de US$ 1 milhão por ano com Graf, interrompeu, temporariamente, as negociações para 1996.
``É claro que quebraremos o contrato com Graf se a participação dela na fraude for comprovada. Mas não temos razão para crer nisso no momento", declarou ontem Hans Wilheim Graeb, representante da Opel.
Graeb é considerado amigo pessoal da tenista e afirmou ter pedido a Peter, quando este foi preso, para que desvinculasse publicamente Steffi dos negócios.
Peter, porém, ficou de pensar e, dias depois, respondeu que ``queria encontrar outro meio" para resolver a situação.
Outros patrocinadores de Graf, como a fabricante de material esportivo Adidas e a Elida Gibbs, detentora da marca de desodorante Rexona, comunicaram que manterão seus contratos publicitários com a tenista.

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