São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995 |
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Governo pode indenizar mais de 200 famílias
EMANUEL NERI
O governo tinha decidido inicialmente indenizar apenas 136 dos 152 nomes de desaparecidos no regime militar (1964-1985). Esses nomes constam das listas de entidades de direitos humanos. Além dos desaparecidos, há outras 217 pessoas consideradas oficialmente mortas, o que eleva os óbitos para 369. Na semana passada, o governo anunciou que incluirá na relação de indenização os presos que morreram em prisões. Iara Xavier, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos, diz que se o critério se limitar a essas versões oficiais serão acrescidos no máximo 15 nomes aos 136 da lista do governo. Caso o critério para concessão de indenização inclua testemunho de pessoas que estiveram presas, a lista será acrescida de mais 70 nomes. O ministro Nelson Jobim, da Justiça, disse ontem que o projeto sobre desaparecidos é ``um acerto de contas com o futuro e não com o passado". Ele fez a declaração ao ser perguntado se o projeto do governo permitirá a abertura dos arquivos militares sobre as operações contra a oposição ao regime militar. A resposta indica que o governo não abrirá os arquivos. Colaborou a Sucursal de Brasília Texto Anterior: Advogado pede habeas corpus Índice |
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