São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995
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Deputado faz novas acusações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse ontem que, dos sete funcionários da empresa de consultoria Decisão, criada pelo secretário José Milton Dallari, nenhum é economista.
``É uma fraude. Se ele está afastado, como diz, não se sabe quem dá a consultoria ou que tipo de serviço sua empresa presta aos clientes, porque não tem qualificação técnica para isso", disse Chinaglia.
Dallari não retornou as ligações para comentar as afirmações de Chinaglia ontem até as 19h30.
Chinaglia começa a recolher hoje as assinaturas para uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o caso. São necessárias as assinaturas de um terço dos 513 deputados para abrir a CPI.
Entre os clientes da empresa Decisão estão a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a Sandoz e a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas), da qual Dallari foi diretor entre 1986 e 1993.
O contrato com a Abiec, assinado em agosto de 1986, teria acontecido antes da criação da empresa de Dallari.
Chinaglia mostrou um recibo no valor de R$ 5.394,54 em nome da Abiec, emitido em dezembro do ano passado, com uma rubrica semelhante à assinatura do secretário, que afirma serem falsas as assinaturas.

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