São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995
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Priebke não depõe e diz ser "bode expiatório"

DENISE CHRISPIM MARIN
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS E DE BUENOS AIRES

O ex-oficial nazista Erich Priebke, 82, acusado de participar do massacre de 335 italianos em 1944, disse que está sendo usado como ``bode expiatório".
``Depois de 50 anos voltam a abrir o caso, no momento em que acreditava que a situação estava clara, me tiram do armário, me usam como bode expiatório."
Em entrevista à agência ``Ansa", Priebke admitiu ter matado um prisioneiro italiano, mas disse que, se não obedecesse a ordem para executá-lo, seria morto.
Ele compareceu, ontem às 19h, ao Juizado Federal de São Carlos de Bariloche, mas se recusou a prestar depoimento. Ele seria interrogado pelo procurador italiano Antonio Intelisano.
O advogado de Priebke, Pedro Bianchi, 68, diz que o processo na Itália não pode começar antes de sua extradição. ``Seu silêncio é um ato de legítima defesa".
O governo deve decidir sobre a extradição na próxima semana.

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