São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 1995 |
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Traficantes obrigam comércio a fechar Protesto foi contra morte de chefe DA SUCURSAL DO RIO Os comerciantes da favela do Vidigal (zona sul do Rio) foram obrigados por traficantes do local a fechar ontem as portas de suas lojas. O ato foi um protesto contra a morte do traficante João Carlos dos Santos Martins, o Gringo, 36, ocorrida na noite anterior em confronto com soldados da PM (Polícia Militar).``Eles mandaram e a gente obedeceu", disse o dono de uma mercearia, que não deu o nome. Segundo o 23º Batalhão da Polícia Militar, no Leblon (zona sul), que comandou a ação, os policiais subiram o morro no fim da tarde de terça-feira e foram recebidos a tiros por Gringo, um dos líderes do tráfico na favela. Ao se ver cercado, Gringo teria ameaçado atirar uma granada contra os 18 policiais. Eles teriam reagido e acertado Gringo, que ao cair lançou a granada ao chão. Dois policiais foram atingidos sem gravidade pelos estilhaços. O traficante foi levado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul), onde morreu. Ocupação A ocupação da favela de Parada de Lucas (zona norte do Rio) pela PM resultou até a tarde de ontem na prisão de dez suspeitos e na apreensão de um fuzil AR-15, 2 kg de maconha, 1 kg de cocaína e 650 papelotes (pequenos embrulhos) de cocaína. A idéia da PM é realizar em Parada de Lucas trabalho semelhante ao desenvolvido no complexo do Alemão (zona norte), onde, após uma ocupação de três dias, a PM instalou um posto. Texto Anterior: Rio vai fundar entidade contra o crime Próximo Texto: Mulher baleada por PM morre no hospital Índice |
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