São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995 |
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Ladrão mata professora com tiro na cabeça
DA REPORTAGEM LOCAL A professora Maria Aparecida Malheiro Fernandes, 32, foi assassinada anteontem, às 21h, por dois ladrões que tentaram roubar seu Gol. O crime aconteceu na avenida Francisco Morato, na Vila Sônia (zona oeste de São Paulo).Maria Aparecida foi baleada na cabeça. A polícia não tem pistas dos assassinos. Desempregada desde o início do ano, a professora era casada e tinha dois filhos. Havia uma semana que ela estava cursando o primeiro ano do curso de pedagogia na Faculdade de Letras e Filosofia Tibiriçá. Desde então, Maria Aparecida dava carona para duas amigas que estudavam com ela. Na noite de anteontem, as aulas terminaram mais cedo e Maria Aparecida voltou com apenas uma de suas amigas em seu Gol -a outra havia se atrasado e foi para a escola com seu próprio carro. Na avenida Francisco Morato, a professora parou o carro perto de um semáforo para a amiga descer. Luciana -a polícia e a família de Maria Aparecida só sabem o primeiro nome- saiu do carro e, quando o sinal fechou, atravessou a avenida. Dois homens se aproximaram do Gol e renderam a professora. De acordo com a suspeita da polícia, Maria Aparecida devia estar com o carro engatado na primeira marcha e com o pé na embreagem. A professora teria se assustado e retirado o pé da embreagem. O carro teria avançado e um dos assaltantes, disparado. Uma bala acertou a cabeça da professora. O Gol parou após subir na calçada e bater em uma garagem. Após o disparo, os ladrões fugiram. No momento em que o carro bateu, uma ambulância estava passando pela avenida. Os enfermeiros pararam o veículo e socorreram a professora. Maria Aparecida morreu pouco depois de chegar ao Hospital Iguatemi. O 34º DP abriu inquérito para apurar o crime. ``Estamos atrás da amiga da vítima (Luciana) para saber se ela pode fazer o retrato falado dos ladrões", disse o delegado Roberto João Julião, 63. Maria Aparecida deverá ser enterrada hoje na cidade de Morro Agudo (380 km ao norte de SP). Ela morava com o marido, o motorista Carlos Roberto Fernandes, 40, em Taboão da Serra (Grande São Paulo). Texto Anterior: São Paulo pelos direitos humanos Próximo Texto: Novo ataque com faca pode inocentar preso em SP Índice |
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