São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Inflação cai para 3,38% em SP, apura Fipe
SUZANA BARELLI
O índice ficou em 3,38% na primeira quadrissemana de agosto (período de 30 dias terminados em 7 de agosto e comparado com os 30 dias anteriores), uma redução de 0,34 ponto percentual em relação à taxa de julho. ``A inflação deve continuar caindo e fechar o mês ao redor de 2,5%", diz Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe. Heron do Carmo diz que a taxa só deverá subir se o governo decidir aproveitar a redução da inflação para reajustar os preços dos combustíveis. Diversos fatores estão puxando a taxa de inflação para baixo. A primeira é a retração nos aluguéis, que teve alta de 11,83% na primeira quadrissemana, contra os 12,39% de julho. ``É a primeira quadrissemana desde abril de 95 que a variação dos aluguéis apresenta queda", diz Heron do Carmo. Para ele, esta tendência deve ser mantida até o mês de outubro. O segundo fator é que os aumentos de tarifas públicas, autorizados pelo governo em junho, já foram absorvidos na inflação. O item transporte urbano, que havia subido 27,43% na segunda quadrissemana de julho e 17,14% em julho (mês completo), variou 9,58% na primeira quadrissemana de agosto. Também pressionaram para baixo os preços dos vestuários, devido às liquidações, e o fim do impacto dos reajustes realizados na comemoração de um ano do Plano Real em julho. ``Pão francês, remédios e leite são exemplos de reajustes feitos na virada do primeiro ano do plano", diz Heron do Carmo. Na outra ponta, pressionaram a inflação para cima os gastos com alimentação, com alta de 2,24% na primeira quadrissemana de agosto contra os 2,29% de julho, e com despesas pessoais. As maiores altas ocorreram nos alimentos semi-elaborados (carnes, leites e derivados), que subiram 0,51 ponto percentual na quadrissemana. ``A entressafra de produtos semi-elaborados foi o principal fator de alta do índice. Mas esta tendência começa a mostrar sinais de retração. A alta da carne já dá sinais de que não se sustentará no mercado", diz Heron do Carmo. Nas despesas pessoais, a alta foi causada pelos reajustes das tarifas de transporte intermunicipal e das loterias esportivas. Texto Anterior: Retração derruba aluguel comercial Próximo Texto: IGP-M indica alta de preços Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |