São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995
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Esporte leva à união de capital e trabalho

MÁRIO AMATO

Quem pensa que as fábricas brasileiras fazem somente manufaturados, que de suas linhas de montagem saem apenas carros, geladeiras, liquidificadores, ou sofisticados aparelhos eletrônicos, está muito enganado.
Com o auxílio do Sesi, a indústria brasileira tem prestado uma grande contribuição ao esporte, formando gerações de atletas que tantas glórias deram e ainda darão ao desporto nacional.
Pelas pistas, quadras e piscinas do Sesi passaram atletas como Adauto Domingues, Zequinha Barbosa, Joaquim Cruz, Valdenor Pereira dos Santos, Ádria Rocha Santos e tantos outros vitoriosos em suas respectivas modalidades esportivas.
A eles juntam-se agora os 1.500 atletas de quase duas centenas de empresas industriais do país que, de hoje a 15 de agosto, participam, em São Paulo, da 5ª Olimpíada Nacional do Sesi, o maior e mais importante evento do esporte amador do Brasil.
Todos são vencedores de torneios que movimentaram, nos últimos meses, mais de 450 mil trabalhadores de 8.000 indústrias de nossos 27 estados. Estão preparados e poderão surpreender com novos recordes e novas revelações.
Esses números trazem à tona o papel do Sesi como indutor do apoio das empresas industriais brasileiras ao esporte.
O grau de credibilidade de nossas empresas no esporte pode ser medido pelos vultosos investimentos que elas fazem patrocinando tanto atletas quanto equipes inteiras. Esse apoio tem possibilitado a manutenção de grandes equipes em nossos clubes e financiado o repatriamento de atletas que foram fazer fortuna nos países do Primeiro Mundo.
Isso não ocorre por acaso. Através do Sesi, a indústria brasileira tem uma tradição de mais de meio século no apoio e promoção de eventos esportivos envolvendo o desenvolvimento social de seus principais parceiros, os trabalhadores.
Temos conseguido boa parte disso com as atividades esportivas de nossos trabalhadores. O esporte complementa a formação do indivíduo, ao integrá-lo, em caráter permanente, à sociedade.
Dos esforços dos empresários industriais brasileiros surgiu um novo trabalhador, mais parceiro e menos adversário, revelando aos poucos uma natural convergência de interesses, ou seja, colocando o capital e o trabalho lado a lado, e não em posições antagônicas como ocorria no passado. Certamente, sem a concorrência do esporte seria difícil esse espetáculo de congraçamento.
Esses esforços estão sendo coroados pelo apoio que recebemos do ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento. O rei Pelé é o patrono da 5ª Olimpíada do Sesi e, com ele, temos mais que simples parceria, mas verdadeira comunhão de propostas. Através do Sesi, a indústria e o ministro partilham da idéia de massificação do esporte como ponto de partida para o desenvolvimento físico e intelectual da juventude brasileira, do espírito comunitário e da prevenção contra os desajustes sociais.

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