São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995
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Fãs fazem vigília por Jerry Garcia nos EUA

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

O fim de uma era. Para as quase 2.000 pessoas que passaram a madrugada de ontem no Central Park (Nova York), a morte do guitarrista e vocalista do Grateful Dead, Jerry Garcia, 53, enterrou o que ainda havia sobrado dos anos 60.
Garcia foi encontrado morto anteontem em seu quarto na Serenity Knolls, clínica para desintoxicação na Califórnia. Segundo seus médicos, ele teve um ataque cardíaco e morreu enquanto dormia.
Pouco depois do anúncio da morte de Garcia, os primeiros "deadheads", como eram conhecidos os fãs do grupo, começaram a chegar ao Central Park.
Eles se reuniram no Strawberry Fields, parte do parque situada em frente ao Dakota (edifício em que John Lennon morava e onde foi assassinado).
Havia gente de todas as idades. Muitos vestiam camisas e cantavam músicas do grupo. Outros preferiram acender velas.
Apesar de os deadheads terem fama de agressivos e de ``criadores de caso", não houve tumulto ontem e a polícia observou tudo de longe.
As vigílias se repetiram por várias cidades dos EUA. O newsgroup rec.music.gdead, grupo de discussão da Internet dedicado exclusivamente a noticias sobre o Grateful Dead, centralizou as informações sobre as vigílias.
Foram organizadas cerimônias em Denver e Boulder (Colorado), Tucson (Arizona), Washington (DC), Boston (Massachussetts). Em São Francisco (Califórnia) e Seattle (Washington) os fãs do Grateful Dead também passaram a noite lembrando Jerry Garcia.
``Eles eram o que havia sobrado dos anos 60. Gostava de ir aos shows do Grateful Dead porque as pessoas eram mais abertas. Agora acabou", disse à Folha Peter Mills, 47, que passou a noite no Central Park junto com o filho Michael, 15.

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