São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995
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Florestan Fernandes

Florestan Fernandes

Florestan Fernandes foi sem dúvida nenhuma um ``self-made man" do socialismo, ao qual permaneceu fiel até o fim de sua vida. Ele partiu do nada e criou um vasto império.
De origem modesta, Florestan chegou a trabalhar como engraxate, ajudante de alfaiate e garçom. Tornou-se não o príncipe dos sociólogos -esse título pertence a outro-, mas, por uma questão de hierarquia, o rei. Seu império não se mede em milhões ou bilhões de dólares, mas numa incomensurável produção, propagação e formação de inteligência.
Como mestre, foi um dos grandes responsáveis pela formação de toda uma geração de brilhantes intelectuais entre os quais se inclui o próprio presidente da República, que chegou a assisti-lo como professor de sociologia.
Sua obra inclui mais de 35 livros, numerosos artigos, além de sua colaboração semanal nesta Folha, iniciada em junho de 1989. O traço comum de toda a sua produção é que Florestan jamais esqueceu suas origens. Tanto em sua vida acadêmica quanto em sua militância política sempre foi fiel aos ideais de construção de uma sociedade mais justa e democrática. O Brasil perde um grande homem -concorde-se ou não com suas idéias.

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