São Paulo, sábado, 12 de agosto de 1995
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Cai total de leitos hospitalares por habitante

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

O número de leitos hospitalares por habitante no Brasil caiu entre 1982 e 1992. Em 82, havia 4,3 leitos para cada mil habitantes; em 92, esse número foi de 3,7.
A Organização Mundial da Saúde recomenda a existência de cinco leitos hospitalares para cada grupo de mil habitantes.
Os dados sobre leitos hospitalares são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que ontem divulgou os resultados de 1992 da Pesquisa Assistência Médico-Sanitária.
As maiores concentrações de leitos estavam nas regiões Centro-Oeste (4,3 por mil habitantes) e Sul/Sudeste (4,2 por mil). Na região Norte, havia 2,3 por mil e na Nordeste, 3,1 por mil.
Os resultados da pesquisa mostram que, entre 87 e 92, o número de estabelecimentos de saúde privados cresceu 10,7% ao ano.
No mesmo período, os estabelecimentos públicos cresceram a uma taxa média de 5% ao ano.
Esses percentuais invertem o que ocorreu entre 80 e 87. Nesse período, os estabelecimentos particulares cresceram, em média, 4,8% ao ano e os públicos, 9,1%.
Feita em 49.676 estabelecimentos de saúde do país, a pesquisa revelou que, dos 544.357 leitos disponíveis, 409.277 (75,1%) pertenciam à rede privada. Dos estabelecimentos que não oferecem internação, 59,2% eram públicos.
Os percentuais em relação aos estabelecimentos que dispõem de leitos mantiveram-se relativamente estáveis entre 80 e 92.
Em 92 foram desativados 567 estabelecimentos de saúde (de postos de saúde a hospitais). Desses, 358 (63%) eram públicos.
A falta de pessoal foi o motivo para a desativação de 113 (31,5%) dos estabelecimentos públicos.
A falta de recursos financeiros foi apontada como principal razão para o fechamento de 111 dos 209 estabelecimentos privados em 92.

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