São Paulo, sábado, 12 de agosto de 1995
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Aborto provoca 1.500 mortes

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

A pesquisa do IBGE revelou que, em 1992, 290.659 mulheres foram internadas devido a complicações geradas por abortos. Destas, pelo menos 1.542 morreram (1.670 permaneciam internadas no dia 31 de dezembro de 1992).
O número de mortes geradas por abortos no Estado correspondeu a 46% do total (708 casos).
A Bahia vem em segundo lugar no número de abortos: 45.126, 15,5% do total. No Estado ocorreram 220 (14,2%) das mortes relacionadas a abortos.
Recolhidos junto a hospitais públicos e privados de todo o país, os dados não levam em conta se os abortos foram espontâneos ou não.
Em 1992, foram registrados 3.300.713 partos em estabelecimentos de saúde públicos e privados do país. Destes, 35% foram cesáreos (por meio de cirurgia).
Por regiões, o maior índice de cesarianas ocorreu no Sudeste -45% do total. O menor índice ocorreu no Nordeste (22%).
Segundo Lilibeth Cardoso Ferreira, do Departamento de Estudos e Indicadores Sociais do IBGE, considera-se internacionalmente que os partos cesáreos deveriam representar de 10% a 15% do total.
Os resultados da pesquisa serão vendidos pelo IBGE em forma de disquetes de computador.
(FM)

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