São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995 |
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Entrega vira evento político no Maranhão
CRIS GUTKOSKI
A distribuição foi programada pelo prefeito Vicente Moura (PTB) para coincidir com a presença de Roseana. ``Abrimos uma exceção para Araioses porque havia uma programação da governadora para iniciar a distribuição lá", afirmou o coordenador da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Brejo, Eduardo Ambrósio Pina. Apesar da exceção, a governadora acabou não indo à cidade porque a sogra do prefeito morreu no dia da visita, cancelando a festa e adiando a primeira distribuição de cestas para 4 de agosto. A 170 km de Araioses, Brejo é o pólo distribuidor das cestas na região. A entrega está atrasada um mês pela falta dos pacotes de macarrão. As cestas básicas são aguardadas por 10.175 famílias de Brejo, Santa Quitéria, São Bernardo e Magalhães de Almeida. Todo o arroz e fubá que compõem as cestas estão estocados no pavilhão da Conab em Brejo desde 14 de julho. ``As famílias ficam ansiosas porque a fome está grande", reclama Nilson Forte, secretário da Agricultura de Brejo e coordenador da Comissão Municipal do Comunidade Solidária. No Maranhão, foram cadastradas 27.242 famílias carentes para receber as cestas do Prodea. Estão previstas três entregas até o final do ano, sem prazo definido. Em Araioses é comum ver crianças dividindo um caranguejo como almoço. As mães costumam percorrer longos caminhos para fisgar um peixe e, assim, assegurar a refeição da família. Texto Anterior: Bahia fica com 46% das cestas básicas Próximo Texto: Colonização criou geração de deserdados Índice |
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