São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995
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Empresário diz que não 'vigia' as filhas modelos

Sueco afirma temer violência e acidentes de trânsito

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Criar duas filhas adolescentes e bonitas não assusta o sueco radicado no Brasil Bengt Larsson, 45, pai das modelos Mônica, 17, e Bárbara, 15.
Larsson acredita que a educação baseada em liberdade com responsabilidade é mais importante do que qualquer possível ``safadeza". Para ele, os filhos não podem temer os pais.
``Isso é coisa do século passado. Se fez algo errado, por pior que seja, tem que contar", afirma.
Ele se considera um pai participante e diz que é bobagem quando o homem afirma que não tem habilidade natural para cuidar de crianças pequenas.
Mas quando as filhas nasceram, a responsabilidade das tarefas foi principalmente da mãe. ``Ela não trabalhava fora e eu ajudava na medida do possível", afirma.
Hoje, proprietário de uma empresa, diz que tem mais tempo para a família. Vai almoçar em casa e também chega cedo do trabalho. Como 18% dos homens entrevistados pelo Datafolha, dedica entre cinco e oito horas diárias para as filhas.
Na mesa, discutem todos os assuntos da casa. Entre eles, sexo. ``Elas sabem de todos os perigos. Por enquanto, não enfrentei muito problemas com namorados", diz.
Apesar da frase, não é do tipo de pai que acha que filha tem que casar virgem. ``Não considero sexo uma coisa feia", diz.
Dizendo ter sido ``um filho rebelde", Larsson afirma que viveu as transformações de comportamento no começo da década de 60, na Europa.
``Elas sabem de todas as histórias, as maluquices da minha vida. É importante que elas tenham consciência de que também sou uma pessoa, que também já fui jovem. Mas nunca perdi a responsabilidade com meus deveres para a sociedade", diz.
Sua grande preocupação é a violência. ``Meu maior pânico é que elas sejam vítimas de um crime", afirma. Outro receio é quanto ao trânsito.
``Também tenho medo de acidentes", diz.
O melhor de ser pai, para o empresário, é receber carinho das filhas.
``Às vezes fico triste, com saudades da minha mãe, que está na Suécia, e elas percebem na hora", conta.

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