São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995
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Empresário prepara o café e veste a filha

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Todas as manhãs, o empresário Alberto Loewenheim, 38, acorda às 6h30, tira a filha de 6 anos da cama, prepara seu café da manhã, ajuda a menina a se vestir e a leva para a escola.
Para ele, trocar fralda e dar comida é mais do que cumprir tarefas. ``Fazer isso é realmente curtir o filho", diz.
Mesmo assim, acaba ficando cerca de duas horas por dia com os filhos -o outro é um garoto de 2 anos- por causa do trabalho. ``Em alguns dias chego tarde e só vejo meia hora", conta.
A profissão também fez com que ele deixasse de estar presente em atividades importantes para a filha. ``Perdi uma competição de natação em que ela participou. Foi duro. Tive que me contentar em ver a gravação em vídeo", afirma.
A mulher trabalha com ele na empresa, mas apenas de manhã, enquanto as crianças estão na escola. À tarde ela se transforma em ``mãe e motorista", diz ele.
Com dois filhos já crescidos -Tommy, 19, e Zalenka, 22, o italiano Carlo Ferrini, 45, também acha que o melhor da paternidade é curtir os filhos.
``Para mim, o mais legal é ir dançar junto com meu filho ou passear com a Zalenka e as pessoas acharem que arrumei uma namorada jovem, quando, na verdade, é minha filha", conta.
Ferrini assumiu a posse dos filhos quando eles tinham 3 e 6 anos, em 81. ``Uma assistente social controlava o que acontecia umas três vezes por semana", conta. Na época, filhos morarem com os pais não era muito comum.
``Ficamos muito ligados. A Zalenka mandou embora muitas namoradas minhas", disse.
Os filhos acompanharam Ferrini em sua mudança para o Brasil há pouco mais de três anos. Hoje, ele é sócio-proprietário de um restaurante italiano em São Paulo. Veio para cá casado com uma brasileira, com quem tem a terceira filha, Luna, 3 anos.

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