São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995 |
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Economia ficará estável em patamar mais elevado Endividamento de consumidor elimina risco de explosão DA REPORTAGEM LOCAL A classe média endividada e o crédito das financeiras mais seletivo desenham no horizonte das empresas e da economia um cenário de estabilidade para o fim do ano.O aumento sazonal das vendas e da atividade econômica que começa em dois meses não trará, na opinião dos empresários, risco de aumento de preços. E com os estoques da indústria e do comércio baixando, o aumento da produção para atender à demanda de fim de ano deve afastar da rotina das empresas a ameaça de uma recessão ou desaquecimento maior. ``A indústria terá um alento com as vendas daqui para frente, mas sem qualquer risco para a estabilidade", diz Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia. Para ele, ``a economia simplesmente vai se consolidar em um novo patamar, mais elevado do que o de antes do real". O setor eletroeletrônico traça igual cenário, apesar de ser um dos mais visados pelos consumidores daqui até dezembro. Roberto Macedo, presidente da Eletros, que reúne o setor, diz que as indústrias estão ``fazendo força" para vender, com promoções e descontos. ``Nos próximos meses, as vendas aumentarão um pouco, mas sem força para prejudicar o atual cenário", diz. Este ano, particularmente, não haverá crédito tão farto quanto em 1994 para os consumidores. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), bancos e financeiras estarão muito mais seletivos para evitar calotes. Hoje, essas dívidas atingem US$ 10 bilhões no sistema financeiro. Texto Anterior: Reajuste salarial segura consumo Próximo Texto: ``Boom" provocou os déficits comerciais Índice |
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