São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995 |
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Há boas oportunidades até no exterior
LUÍS PEREZ
Várias instituições oferecem esse tipo de serviço (veja quadro com 560 vagas ao lado). O interesse pelos programas é alto. A Central de Intercâmbio, por exemplo, recebe cerca de 20 mil pedidos de informações por ano -desses, 2.000 se inscrevem nos estágios oferecidos em cerca de 300 empresas conveniadas. Celso Luiz Garcia, 38, diretor da Central de Intercâmbio, diz que ajudar a obter aqui moradia e estágio para um estudante estrangeiro traz mais chances de aprovação. Outra instituição que oferece estágios no exterior é a Aiesec (Associação Internacional de Estudantes em Ciências Econômicas e Comerciais), uma empresa-júnior da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que está presente em 85 países. Quem já fez estágio no exterior aprovou. ``Foi um sonho e, sem dúvida, a melhor fase da minha vida. Você fica com outra visão de mundo", diz Carlos Arantes, 22. Hoje ele atua como gerente de produto do Grupo CI, que comercializa a linha Microsoft, além de cursar o último semestre de administração de empresas da FGV. Arantes estagiou na Caere Corporation (área de informática), da Califórnia (EUA), entre janeiro de 1994 e fevereiro deste ano. Nos primeiros cinco meses, atuou como responsável pelos produtos para a América Latina, na área de marketing. Recebia uma bolsa-auxílio de US$ 2.500. ``Dava para brincar um pouco." Depois, foi praticamente efetivado em um cargo de gerência, o que aumentou sua remuneração. Segundo a Folha apurou, chegou a receber US$ 5.000 mensais. Arantes se julga uma exceção. ``O normal é empatar o capital." Segundo ele, para estagiar fora é preciso falar no mínimo três idiomas, além do português -no seu caso, inglês, espanhol e alemão. O lado sentimental também foi ``demais", segundo ele, que arranjou uma namorada norte-americana. ``Ela está vindo morar no Brasil no ano que vem. Vai tentar conseguir um estágio aqui em São Paulo e aí a gente vai ver o que acontece." Texto Anterior: Recrutamento em feira traz resultado para apenas 1% Próximo Texto: Efetivação nem sempre é único objetivo Índice |
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