São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995 |
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Eduardo teve méritos na conquista do Corinthians
TELÊ SANTANA O Corinthians venceu com méritos o Campeonato Paulista de futebol. Foi uma equipe determinada e que jogou para vencer. O sustentáculo de tudo foi o técnico Eduardo.Uma grande parte do mérito da conquista deve ser creditada a ele. Com poucos meses no cargo, ele levou o time a duas conquistas importantes -a outra foi a Copa do Brasil- e mostrou conhecimento e liderança. Houve quem tentasse diminuir o seu valor, afirmando que os méritos da conquista foram de outros que vieram antes, mas eu não concordo. Com Eduardo, o Corinthians se transformou numa equipe decidida e sem complexos. Na final, o time jogou com raça, inteligência e para ganhar. Não se intimidou diante de uma equipe que diziam ser feita só de craques, o Palmeiras. É claro que a presença de um jogador como Marcelinho ajudou. Em plena forma, ele teve um papel muito grande nessa conquista. Mas prefiro destacar o papel do conjunto, que é quem define um time vencedor. Vendo essa conquista, fico contente por ver que o Marcelinho, que lancei no Flamengo, e o Elivélton, que começou comigo no São Paulo, fizeram os gols decisivos. Também o Vítor, que foi meu jogador, teve participação importante. Isso é gratificante. O Campeonato Brasileiro, que começa no próximo sábado, deverá ter mais emoção do que os dois últimos. Pela primeira vez em três anos, não só o Estado de São Paulo irá se apresentar com boas equipes. Pelas contratações que fizeram, as equipes do Rio de Janeiro também estão em condições de fazer um bom papel. No Rio Grande do Sul, o Grêmio tem se apresentado bem nos vários campeonatos que tem disputado. Além disso, o Brasileiro é, provavelmente, o campeonato mais difícil do mundo. A grande maioria das equipes entra na disputa pensando no título. Nos campeonatos estaduais e nos campeonato disputados fora do Brasil, a maior parte das equipes está apenas preocupada em não ser rebaixada. Poucas disputam o título de fato. Por isso, digo que nesta disputa não há favoritos. Não é porque uma equipe contratou vários jogadores caros que ela vai ter o melhor time e ganhar. O Palmeiras, na decisão do Paulista, foi um exemplo. Contratou vários jogadores, mas eles não se acertaram. No Brasileiro, isso pode se repetir com outras equipes. E, na hora da decisão, poderemos ter uma surpresa, como já houve em outros anos. Texto Anterior: Brasil desafia Austrália hoje no Mundial juvenil Próximo Texto: Olhos para o futuro e uma nova casa no inverno Índice |
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