São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995 |
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Olimpíada-96 teme prejuízo e 'caça' novos patrocínios
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A previsão inicial era de que fosse gerado um lucro de US$ 156 milhões. Desse montante, 60% ficariam com os organizadores locais e 40% caberiam ao Comitê Olímpico Internacional. Como as obras de infra-estrutura, caso de construção ou reforma de estádios, estão ficando mais caras do que se imaginava, o comitê começou a vislumbrar a possibilidade de que não haja lucro algum. ``Estamos fazendo um esforço adicional nas últimas semanas para conseguir novos patrocinadores. A Nissan foi a última a confirmar presença", disse Bill Crane, diretor de marketing da Câmara de Comércio de Atlanta. ``Nunca colocamos como prioridade que a Olimpíada gerasse lucro", avisou Dyan Matthews, representante do comitê. ``Se estivéssemos muito preocupados com a questão financeira, poderíamos ter economizado nas obras", disse. ``Mas não medimos esforços. Nossa prioridade é o conforto do espectador." Ela admite, no entanto, que já existe temor de que ocorra prejuízo. ``Aventando a hipótese de prejuízo, a única solução é correr atrás de mais dinheiro." Em 91, os organizadores haviam calculado os gastos para preparar Atlanta para a Olimpíada em US$ 1,58 bilhão. Agora, porém, eles acham que o total pode ultrapassar a casa de US$ 1,7 bilhão. ``Quando você começa uma obra, sempre aparece alguma coisa a mais, ocorre algum imprevisto", disse Crane. A verba para cobrir os gastos vem de três fontes principais: venda de direitos de televisão, cotas de patrocínio e ingressos. A rede de televisão norte-americana NBC comprou os direitos exclusivos de transmissão para os EUA por US$ 456 milhões. Pelos direitos de transmissão da Olimpíada de Sydney, na Austrália, em 2000, a NBC vai pagar US$ 715 milhões. Entre os patrocinadores, destacam-se Coca-Cola e Delta Air Lines, ambas com sede em Atlanta, McDonald's, Swatch, AT&T, Kodak, Visa, Time, Baush & Lomb, Xerox, IBM, General Motors, Holiday Inn e Avon. Os valores das cotas variam. A Coca-Cola desembolsou US$ 50 milhões para ser a bebida oficial da competição. A Delta Air Lines, empresa aérea oficial da Olimpíada, pagou US$ 30 milhões. Texto Anterior: A volta por cima de astros que voltam Próximo Texto: Organização usa a criatividade Índice |
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