São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 1995
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Criança prodígio tem atuação imatura

IRINEU FRANCO PERPETUO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O marketing de Midori sempre foi o da criança prodígio. Era vendida como a pequena virtuose oriental de técnica assombrosa.
Nascida em 1971, em Osaka, começou os estudos ``sozinha", como gosta de dizer. Mais exatamente, com a mãe, a violinista Setsu Goto. Problemas com o pai a levam a optar por assinar apenas Midori, sem sobrenome.
A projeção internacional vem em 1982, quando é ouvida pelo maestro Zubin Mehta, que a convida para ser solista surpresa do concerto de ano novo da Filarmônica de Nova York.
A partir daí, começam as gravações e os sucessos. Artista exclusiva da Sony, é indicada para o Grammy em 90 pelos ultravirtuosísticos ``Caprichos" de Paganini.
Muito jovem, muito virtuosística -muito superficial. Eis o estigma de Midori. Sua gravação dos concertos de Bartók, feita aos 19 anos, é criticada pela imaturidade. No mesmo ano, conclui o colegial, e passa a se dedicar exclusivamente a sua carreira.
Em 92, entretanto, busca outros interesses além da música. Funda a Midori Foundation, para difundir a educação musical na cidade em que se radicou, Nova York.
A virada continua em 95, quando decide entrar na universidade. Matricula-se na New York University e opta por matérias como sociologia e história da arte, deixando as ligadas diretamente a música em segundo plano.
(IFP)

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