São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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NELSON DE SÁ
Surgiu para as mesmas câmeras com um general atrás, com o próprio ministro do Exército, em aparência de poder. E falando grosso. - Nenhum tostão do Tesouro será utilizado para tapar buracos indevidamente abertos por pessoas irresponsáveis que geriram os seus negócios de uma maneira que não correspondeu à confiança que a sociedade lhes depositou. Mais tarde seria a vez do porta-voz, sem a empáfia de antes, surgir para as câmeras afirmando que nada está certo, no acordo com ACM. Que ainda há exigências financeiras e até jurídicas e que, sem o cumprimento delas, nada de acordo. Ainda mais tarde, foi o presidente do Banco Central quem, em tom baixo de voz, com a cabeça baixa, até envergonhado, surgiu para as câmeras falando que a intervenção continua. A vergonha, que é do Brasil, ainda que não da Bahia, estava em toda parte, até no PFL. ``Alguns deputados e senadores do PFL disseram que estão constrangidos." Voltando ao discurso militar de FHC. - O que se diz que foi uma decisão do governo ou do presidente não corresponde ao que efetivamente foi. Quer dizer, não é bem assim, o acordo. Em não sendo bem assim, o acordo é inviável, na opinião de comentaristas e correspondentes diversos, da Globo e do SBT, por exemplo. A Bahia não tem quase R$ 2 bilhões. Mas, fosse o acordo inviável, e ACM voltaria à cena, outra vez esbravejando e ameaçando. E aconteceu o contrário. Ele falou da tribuna do Senado, para as câmeras. - Não tenho interesse em denegrir a imagem do Banco Central, nem atacar os seus membros. Meu interesse é defender a Bahia. Nunca falei em ter dossiê. Teria explicações a pedir, que poderão ser pedidas a qualquer época, e devo pedir. Tudo o que se falou e tudo o que aconteceu nos últimos dias, assim, desaparece. No dizer desconfiado de Boris Casoy: - Ninguém disse mais nada, ninguém fez mais nada. E todo mundo vai acabar aceitando a história. Você vai ver. Texto Anterior: Advogado recorre à Justiça Próximo Texto: Dinheiro será liberado até 2ª Índice |
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