São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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Funcionários elaboram proposta

DA REPORTAGEM LOCAL

Os funcionários do Banespa, juntamente com o Sindicato dos Bancários de São Paulo preparam uma contraproposta, que ainda está em fase de discussão, ao governo do Estado para tentar solucionar a crise do banco.
A proposta visa manter o banco público, de forma que o perfil acionário da instituição seria modificado, mas o Estado não perderia o controle acionário. Eventualmente, o controle seria dividido entre o governo e as prefeituras.
A iniciativa privada participaria da composição acionária do banco, com prioridade para pequenas empresas e produtores rurais. Os funcionários também ampliaram sua participação por meio da Cabesp (a caixa de assistência média e hospitalar).
Contratos de gestão -que fixam metas de produtividade e eficiência- passariam a orientar as decisões da instituição.
O Conselho de Administração seria composto por membros de cada um dos grupos de acionistas, mas como o governo e as prefeituras teriam o controle acionário, indicariam o maior número de membros.
O Conselho indica os membros da Diretoria Executiva, que segundo a proposta, teriam perfil estritamente profissional.
Para acompanhar o dia-a-dia do banco, seria criado um Conselho de Usuários, do qual participariam representantes da sociedade civil, como OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ABI (Associação Brasileira de Imprensa), entre outros.
A proposta é semelhante àquela apresentada pelo governo do Estado ao Banco Central. A principal diferença é que, pela proposta do governo, o controle acionário sairia das mãos do governo. O governo permaneceria como acionista majoritário, com 30% das ações.
Outros 20% ficariam com os funcionários e o restante com a iniciativa privada. Ambas as propostas apostam na pulverização do controle acionário.

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