São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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AZT não adia sintoma de Aids, sugere estudo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma pesquisa do Hospital Geral de San Francisco (EUA) sugere que o tratamento com a droga AZT -usada para diminuir o avanço da Aids- não tem efeito se for aplicado antes da manifestação dos sintomas da doença.
O estudo afirma que a droga não é eficiente contra o surgimento de infecções oportunistas (doenças que surgem graças à debilidade causada pela Aids).
Publicada na edição de hoje da revista "New England Journal of Medicine", a pesquisa contradiz técnica adotada atualmente, que recomenda o AZT assim que testes identificam a presença do HIV -vírus causador da Aids.
Essa estratégia de combate à doença ganhou força em 1990, quando um estudo concluiu que o AZT apresenta melhores resultados se aplicado imediatamente após a infecção.
Curiosamente, o novo estudo é uma extensão daquele, com um acompanhamento de 1.600 voluntários durante cinco anos.
Outro estudo, do Hospital Universitário de Genebra (Suíça), publicado na mesma revista, afirma que usar a droga assim que os sintomas surgem reduz o risco das infecções oportunistas.
O segundo estudo foi financiado pela empresa Burroughs Wellcome, produtora do AZT.

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