São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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O QUE SERÁ FEITO NA REDE DE ENSINO

FERNANDO ROSSETTI

Na área da reforma no ensino -excluídos os investimentos em saúde escolar- o Projeto Inovações no Ensino Básico (IEB) é dividido em quatro partes.

1 - Fortalecimento institucional - Reúne três das iniciativas mais importantes: Cadastramento de alunos. Os 9 milhões de alunos da rede pública e privada do Estado receberão um número (o RA ou Registro de Aluno) equivalente ao número da carteira de identidade. Esse processo começa no mês que vem.
. Informatização da Secretaria da Educação. Prevê a compra de microcomputadores para 1.700 escolas (das 6.800) e para as delegacias de ensino. No futuro, esse sistema seria expandido e ligado em rede.
. Sistema de avaliação do rendimento escolar. A idéia é criar um sistema, gerido pela secretaria, que testaria os conhecimentos dos alunos. A cada ano, 3 milhões de alunos (metade do total da rede estadual) seriam testados.

2 - Fortalecimento da gestão educacional municipal - Uma das idéias básicas por trás do projeto é que o governo estadual arca demais com os custos do ensino público e os municípios, de menos. Assim, as escolas serão reorganizadas (veja item abaixo) e as que oferecerem ensino de 1ª a 4ª série seriam municipalizadas, por meio de acordos.

3 - Reorganização da infra-estrutura - Prevê a construção de 183 novas escolas e reformar ou expandir 133. Atualmente a maioria das escolas oferece ou 1º grau ou 1º e 2º graus. A partir de 96, algumas oferecerão apenas da 1ª à 4ª série do 1º grau e outras da 5ª a 8ª séries mais o 2º grau.

4 - Administração e gerenciamento - A reforma será encabeçada por um grupo formado por ``profissionais contratados em regime de dedicação exclusiva e de consultores para subsidiar atividades como coordenação geral, auditoria e monitoramento". O projeto prevê diárias de US$ 150 para os consultores nacionais e de US$ 300 para os internacionais.
(FR)

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