São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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História de Aruanã está ligada a presídio

MAÉRCIO SANTAMARINA
DO ENVIADO ESPECIAL A GOIÁS

A cidade de Aruanã, a 310 km de Goiânia e 486 km de Brasília, é o principal porto de acesso às praias do rio Araguaia.
Com 8.800 habitantes e uma receita mensal de R$ 130 mil, a principal fonte de renda do município é a atividade agropecuária.
Aruanã foi descoberta como atração turística em 1980, com a chegada do asfalto. Sem muito luxo, a cidade oferece uma rede hoteleira com 220 leitos.
A história de Aruanã está ligada à fundação do Presídio Militar de Leopoldina, em 1850, destruído em seguida pelos índios carajás.
O presídio foi reconstruído em 1855 e, ao seu redor, se desenvolveu Aruanã. Até 1940, o município era um distrito da cidade de Goiás chamado Leopoldina.
O nome atual foi dado em 1958, quando foi elevado à condição de município, em função de um peixe comum no rio.
Diz a lenda que dentro do peixe Aruanã vive um cacique carajá responsável pela vigilância do rio Araguaia.
Além do Araguaia, Aruanã está próxima do rio Vermelho. Os peixes mais comuns são pirarucu, tucunaré, piratinga, pintado, matrinchã, tubarana, piraraca, caranha, dourada, cachorra e piranha. Botos também são encontrados.
Na floresta do cerrado, às margens do rio, ainda se encontram jacarés, tartarugas, lontras, onças-pintadas e pardas, jaguatiricas, tamanduás, capivaras, pacas, cutias, veados e macacos.

Fiscalização
Para minimizar os problemas do impacto ambiental, causado pela visita dos turistas na alta temporada, a fiscalização às margens do rio começa a ser reforçada.
Uma das maiores preocupações dos fiscais é com a preservação das tartarugas que procriam às margens do Araguaia.
O Projeto Quelônios, que vem sendo desenvolvido há cerca de dez anos, livrou os tracajás (tartarugas do Araguaia) da ameaça de extinção. O projeto já devolveu 2 milhões de filhotes de tartarugas ao rio.

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